Em declarações à Lusa, a
propósito de um estudo que realizou no âmbito da sua tese de doutoramento, a
professora de Ensino Educação Especial e especialista em Psicopedagogia
Especial, concluiu que "os apoios eram dados dentro da sala de aula,
iniciados tardiamente e que o trabalho desenvolvido nem sequer era conhecido
pelo professor do ensino regular responsável pela turma".
Desta forma, a especialista
defende que "a supervisão tem de ser imediatamente implementada, porque só
assim se faz uma orientação prévia e atempada, de forma a encontrar recursos e
espaços adequados para um trabalho contextualizado e adequado a cada
criança".
Amélia Martins entende que
essa supervisão deveria ser feita pelo professor de Educação Especial, porque é
"o que domina as áreas todas, a pedagógica e a da psicologia".
De acordo com a docente,
quando os responsáveis não procuram apoio atempadamente, as crianças podem
apresentar sintomas de ansiedade ou sinais depressivos, como perturbações do
sono, perda de apetite, dores sem causa física aparente, tristeza, isolamento,
aumento da desmotivação escolar e aumento de problemas comportamentais.
Todos estes fatores,
resultantes do insucesso escolar, tendem a agravar-se, se não forem adoptadas
as medidas mais corretas para debelar as causas que explicam o insucesso
manifestado pela criança.
Para Maria Amélia Dias
Martins, um dos erros frequentes dos pais e educadores é rotular as crianças de
desinteressadas e preguiçosas.
"Todas as crianças
querem ter sucesso e todas desejam fazer boa figura perante os pais,
professores e colegas. Quando tal não acontece, é porque algo se está a passar
e a criança precisa de ser avaliada e, se tal se justificar, de ser
tratada", acrescentou.
Por Amélia Martins,
especialista em Psicopedagogia.
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